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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Tragédia em Recife (PE) Avião não tinha nem um ano de uso, diz companhia

Em entrevista coletiva depois do acidente com um avião em Recife (PE), na manhã desta quarta-feira (13), representantes da companhia aérea Noar Linhas Aéreas afirmaram que o avião tinha menos de um ano de operação e sua manutenção foi realizada no último fim de semana.
Antes de cair, o piloto relatou à torre de controle problemas na aeronave, que tinha decolado havia apenas 55 segundos. As 16 pessoas que estavam a bordo --14 passageiros e dois tripulantes-- morreram. Um laudo sobre as causas do acidente deve ser divulgado em cerca de 30 dias.
Segundo o diretor de assuntos corporativos e comercial da Noar, Giovani Farias, a empresa tem interesse na investigação e cumpre todas as regras de segurança aérea do país. Ainda de acordo com a empresa, as aeronaves da companhia têm “perfeitas condições e passam por manutenção periódica”. Segundo Farias, os pilotos eram experientes: o piloto tinha 15 mil horas de voo e o copiloto, 2.000 horas de voo. 
A Noar informou ainda que as famílias das vítimas estão recebendo a assistência necessária e que a aeronave tinha seguro para todos os ocupantes. As operações da companhia serão retomadas normalmente nesta quinta-feira (14).

Caixas-pretas localizadas

Por volta de 16h, o Comando da Aeronáutica informou que a equipe de investigação que trabalha no Recife (PE) localizou e recolheu as caixas-pretas de dados e de voz da aeronave. Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), a leitura dos dados será realizada no Cenipa “desde que os materiais não estejam danificados”. Os motores da aeronave, também retirados, serão encaminhados para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), para análise.
Os destroços da aeronave também estão sendo retirados do local. Polícia Civil, Instituto de Criminalística (IC) e a Aeronáutica, além de representantes da empresa, acompanham o processo.
A carcaça do bimotor ficará com a Noar, mas toda a parte mecânica será mantida com a Aeronáutica, para a investigação. O IC foi ao local para coletar objetos pessoais dos passageiros que possam colaborar com a apuração das causas do acidente ou mesmo com a identificação das vítimas.
“Alguns corpos, obviamente, vão apresentar dificuldade para identificação. Por isso, vamos precisar de tudo o que possa facilitar esse trabalho, como documentos, por exemplo”, explicou o delegado de Boa Viagem, Guilherme Mesquita, que está responsável pelo caso.
Segundo ele, os primeiros depoimentos serão agendados para esta quinta-feira. “Vamos nos reunir, determinar prioridades e intimar as pessoas. Tudo ainda é muito prematuro, não temos como determinar quais serão os próximos passos”, explicou.
O comandante Marco Sendin, diretor de operações, disse que “seria uma incoerência muito grande fazer qualquer comentário sobre as investigações". "O piloto tomou todas as providências para reverter a situação, executou todas as manobras para evitar o acidente”, disse durante entrevista coletiva.

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