Em entrevista coletiva depois do acidente com um avião em Recife (PE), na manhã desta quarta-feira (13), representantes da companhia aérea Noar Linhas Aéreas afirmaram que o avião tinha menos de um ano de operação e sua manutenção foi realizada no último fim de semana.
Antes de cair, o piloto relatou à torre de controle problemas na aeronave, que tinha decolado havia apenas 55 segundos. As 16 pessoas que estavam a bordo --14 passageiros e dois tripulantes-- morreram. Um laudo sobre as causas do acidente deve ser divulgado em cerca de 30 dias.
Segundo o diretor de assuntos corporativos e comercial da Noar, Giovani Farias, a empresa tem interesse na investigação e cumpre todas as regras de segurança aérea do país. Ainda de acordo com a empresa, as aeronaves da companhia têm “perfeitas condições e passam por manutenção periódica”. Segundo Farias, os pilotos eram experientes: o piloto tinha 15 mil horas de voo e o copiloto, 2.000 horas de voo.
A Noar informou ainda que as famílias das vítimas estão recebendo a assistência necessária e que a aeronave tinha seguro para todos os ocupantes. As operações da companhia serão retomadas normalmente nesta quinta-feira (14).
Caixas-pretas localizadas
Por volta de 16h, o Comando da Aeronáutica informou que a equipe de investigação que trabalha no Recife (PE) localizou e recolheu as caixas-pretas de dados e de voz da aeronave. Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), a leitura dos dados será realizada no Cenipa “desde que os materiais não estejam danificados”. Os motores da aeronave, também retirados, serão encaminhados para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), para análise.
Os destroços da aeronave também estão sendo retirados do local. Polícia Civil, Instituto de Criminalística (IC) e a Aeronáutica, além de representantes da empresa, acompanham o processo.
A carcaça do bimotor ficará com a Noar, mas toda a parte mecânica será mantida com a Aeronáutica, para a investigação. O IC foi ao local para coletar objetos pessoais dos passageiros que possam colaborar com a apuração das causas do acidente ou mesmo com a identificação das vítimas.
“Alguns corpos, obviamente, vão apresentar dificuldade para identificação. Por isso, vamos precisar de tudo o que possa facilitar esse trabalho, como documentos, por exemplo”, explicou o delegado de Boa Viagem, Guilherme Mesquita, que está responsável pelo caso.
Segundo ele, os primeiros depoimentos serão agendados para esta quinta-feira. “Vamos nos reunir, determinar prioridades e intimar as pessoas. Tudo ainda é muito prematuro, não temos como determinar quais serão os próximos passos”, explicou.
O comandante Marco Sendin, diretor de operações, disse que “seria uma incoerência muito grande fazer qualquer comentário sobre as investigações". "O piloto tomou todas as providências para reverter a situação, executou todas as manobras para evitar o acidente”, disse durante entrevista coletiva.
Adorei
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